Qual o amante de carros que nunca sonhou em ter uma Ferrari? Bem, claro que um Porsche tem mais estilo e divide opiniões sobre o assunto, mas para quem gosta de veículos potentes e bonitos, a Ferrari lançou um configurador de carros em seu site oficial.

Por lá, você escolhe seu modelo favorito de Ferrari e configura da forma como você quiser: cor, acabamento, rodas, estofado. E depois ainda dá pra salvar e guardar na garagem virtual do site.

Sim, uma pena que seja apenas virtual. Mas pelo menos, você tem uma pequena oportunidade de sonhar com um carrão desses sendo configurado inteiramente pra você.


RIO

24MAR
 
 
Rate This

Carlos Saldanha é um dos mestres da animação, o responsável pela trilogia de sucesso A Era do Gelo. Quando anunciado seu novo lançamento, o filme Rio, foi criada grande expectativa quanto à produção. Finalmente, o público terá oportunidade de conferir o novo trabalho do diretor. RIO narra a história de Blu (Jesse Eisenberg), a arara azul – que tem sua espécie em risco de extinção-, nasceu no Rio de Janeiro, em meio ao samba e às belas paisagens.
Em seu início de vida é vítima do tal tráfico de animas que ainda assola a nossa realidade. Sendo levado da cidade tropical à fria Minnesotta, onde é encontrado por uma jovem, Linda (Leslie Mann). E é domesticado. Blu se torna um pássaro extremamente nerd , com tendências neuróticas e não sabe voar. É quando Túlio (Rodrigo Santoro) o encontra e propõe uma viagem ao Rio, para que ele possa procriar com Jade (Anne Hathaway), para que sua espécie seja salva – já que ambos são os últimos -.
Chegando aqui ele descobre as maravilhas da cidade e ainda é alvo – novamente – de contrabandistas de animais. Ele e sua dona Linda, vindos do interior frio dos EUA, se deparam com a magia do carnaval e a receptividade carioca. Uma das estratégias recorridas pelo diretor , para fazer o filme falado em inglês com os personagens brasileiros; foi de torná-los bilíngües. Muito conveniente tendo em vista esta qualidade do povo brasileiro: o jogo de cintura, e o famoso “se vira nos 30”. Somos educados desde pequenos a uma segunda língua; e nesta animação nosso conhecimento e as camadas culturais são expostas. Blu só fala inglês, assim como sua dona e ficam à mercê da ajuda dos brasileiros.
Outra característica carioca enfatizada é a facilidade em fazer novas amizades. Ao chegar, Blu já faz amizade com Pedro (will.i.am) e Nico (Jamie Foxx); duas avezinhas muito animadas. Mas é a geniosa Jade, que rouba o coração do azul. O 3D rouba a cena pelas paisagens, e as vozes com um grande time de estrelas, tendo entre eles o novato nas animações Jamie Foxx (que rouba cenas), o rapper wiil.i.am (com humor), a graciosa Anne Hathaway, o eterno nerd Jesse Eisenberg (mesmo sendo o novinho da turma, ele imprime no pássaro ironia e neurose), Tracy Morgan (impagável como o Bulldog Luiz) e Rodrigo Santoro (mesmo dublando em inglês, ele mais uma vez mostra seu talento). O recomendável é assistir legendado.
Saldanha intencionou a homenagear a sua cidade e mostrar sua paixão. Com colorido dos desenhos, que mostram em 3D belas paisagens, músicas produzidas por Sergio Mendes e ainda tendo o carnaval e suas festas como pano de fundo; ele conseguiu transpor uma imagem da alegria, vivacidade, ginga, musicalidade e beleza do Rio. Vendendo nosso peixe muito bem lá fora.
Estreia 8 de abril

Tão estranho a forma de amar,

amamos e sentimentos ciúmes,
ciúmes bobo, muitas vezes inconveniente.
Amamos e sentimos medo,
um medo de um dia estar só, de que a pessoa amada siga em viagem sem lhe presentear com uma passagem para o mesmo lugar.
Amamos e sentimos raiva,
raiva de não sermos entendidos, como se a pessoa amada tivesse a obrigação de ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.
Amamos e sentimos muitas vezes rejeição,
pelo simples fato de não ser notado o novo corte de cabelo, a nova roupa, a nova investida.
Amamos e nos tornamos loucos,
loucos pela felicidade a dois, um mundo colorido feito para apaixonados.
Loucos pela vida, como se o hoje fosse um dos dias dos milhões que ainda viveremos.
Tão estranho a forma de amar,
Somos muitos em um só, muitos sentimentos, muitos desejos, muitos planos...
Não quero dominar o amor, quero que o amor nos domine.
Pois amor que é AMOR, é tudo... é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.
Tão estranho esta forma de amar,
que me perco até nos versos mais simples de um poema,
pois tem tantas formas de se escrever sobre o amor, algumas simples outras complexas,
mas todas com o mesmo sentido, 
que o amor tudo supera.




E ai pessoal... Hoje estava de bobeira em casa,então
fiz umas montagens... espero que gostem ! Comentem.

@Totwittano 
Essa foi numa festa em BH.
Essa foi pro Raynam (primo) + Nathi


                                          
Essa Foi um colega meu Sydartha.

                                                 Prestenção ou abestado!
Nunca imaginei Tiririca sendo Deputado Federal de SP. ushaushausa...

Ele falando na frente de várias pessoas sobre algo "importante"... Mesmo assim

seria engraçado... xD




BY WIKIPÉDIA
Francisco Everardo Oliveira Silva (Itapipoca1 de maio de 1965), conhecido pelo nome artístico de Tiririca, é um cantorcompositorhumorista e político brasileiro. Recentemente filiado ao Partido da República, Tiririca foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo sido o segundo deputado mais votado em toda a história do Brasil.[2]


"Trabalho de digitalização dos arquivos levará um ano.
Universidade possui mais de 80 mil documentos do cientista."

Físico Albert Einstein (Foto: Reuters)Albert Einstein terá arquivo digitalizado
(Foto: Reuters)
O arquivo de Albert Einstein será digitalizado e disponibilizado na internet dentro de um ano, informou nesta segunda-feira (14) a Universidade Hebraica de Jerusalém.
Einstein, que morreu em 1955, deixou seus arquivos em herança para a universidade, da qual ele foi um dos fundadores. O arquivo contém mais de 80 mil documentos do cientista judeu, nascido na Alemanha, considerado o pai da física moderna.
"É a coleção mais importante de seus documentos e uma coleção importante da história do século 20", disse Roni Grosz, diretor do Arquivo Albert Einstein, da Universidade Hebraica.
A universidade disse que a coleção, que inclui cadernos de pesquisa, correspondência com colegas e amigos e artigos que Einstein fez nas áreas da ciência, filosofia e política, seria disponibilizado em um site público que a instituição está desenvolvendo.

Children Of Bodom  - Relentless Reckless Forever 8 de Março de 2011 











lembrando que estamos usando windows xp.
A pasta onde ficam armazenados arquivos temporarios do google Chrome é a cache.
OBS:.
primeiro marque mostrar pastas e arquivos ocultos.
Vá em uma pasta qualquer e clique ne "ferramentas".

"opções de pasta".
"modo de exibição"
marque "mostrar pastas e arquivos ocultos" ok.

 
C:\Documents and Settings\"nomedeusuario"\Configurações locais\Dados de aplicativos\Google\Chrome\User Data\Default\Cache

dead-end-signPraticamente todos os dias surgem teorias apocalípticas para o fim de alguma coisa na internet. Há outras milhares de teorias para o fim das mídias tradicionais por culpa dessa mesma internet. Claro, os blogs não ficam de fora e o assassino seria as redes sociais como o Twitter e o Facebook. Mas, afinal, os blogs vão acabar?
Siga o @Totwittano no twitter.
Essa discussão começou comum artigo do New York Times e que repercutiu na opinião de vários como o Alexandre Inagaki e na coluna da Cláudia Valls, só pra citar alguns. Se quiser ler o que disseram, seguem os links:
Eu mesmo já publiquei sobre isso: As redes sociais estão matando os Blogs?
Não chega a ser absurda essa idéia se levarmos em consideração a forma como as pessoas estão usando a internet hoje em dia. Muito mais preocupadas com a interação social e o conforto de receber informações categorizadas e filtradas segundo o seu interesse, produzir ficou à margem.
Mesmo assim não podemos dizer que as redes sociais como o Twitter e o Facebook vão matar os blogs. São serviços que se prestam a necessidades diferentes do usuário de internet e, ao mesmo tempo, se complementam, chegando ao ponto de até depender um do outro.
As redes sociais precisam ser alimentadas de informações, debates e conteúdo, bem mais do que cabem em 140 caracteres e que um simples clique de “Curtir”, não resolve. Além disso os blogs perderem um pouco o caráter de passatempo ou mero hobby de adolescentes.
blog-blogger-mouse
E não podemos esquecer que as redes sociais são uma grande ferramenta para os blogueiros, não só para difundir seu conteúdo e atrair leitores, como é o lugar a busca por conhecimento, troca de informações e até de manutenção desse conteúdo. (Assista ao vídeo: Sobre divulgação de Blogs)
Notamos que há mais jovens em idade universitária e mais adultos blogando que adolecentes. Estes preferem as redes sociais por serem mais fáceis de usar e manter, ao contrário dos blogs que exigem maior dedicação, especialmente para gerar conteúdo relevante.
Por fim, temos de lembrar que os blogs já estão aí há pouco mais de 10 anos, enquanto as redes sociais com as conhecemos não passam de 3 ou 4 anos. Há uma curva de crescimento para ambos, onde os blogs já estão mais perto do topo, do limite, que as redes sociais.
Mas, não fiquemos apenas com a minha opinião:
o que você pensa sobre o assunto?


Rock In RioRock In Rio

Rock In Rio

ROCK IN RIO - POR UM MUNDO MELHOR

O Rock in Rio é o maior festival de música e entretenimento do mundo. Sempre zelando pela qualidade das atrações, o conforto do público e uma infraestrura impecável, é um evento feito para todas as tribos que movimenta a indústria fonográfica, o turismo e a economia.
A ideia vem do empresário brasileiro Roberto Medina, que realizou no mês de janeiro de 1985 sua primeira edição, em plena transição da ditadura para a democracia: o Rock in Rio convidou o Brasil a comemorar a liberdade.
Em suas nove edições, sendo três no Brasil (1985, 1991 e 2001), quatro em Portugal (2004, 2006, 2008 e 2010) e duas na Espanha (2008 e 2010), o Rock in Rio reuniu mais de 5 milhões de pessoas, que aplaudiram ao vivo 656 bandas. Foram mais de 780 horas de música com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em 80 países.
Com o mote Por um Mundo Melhor, o Rock in Rio sempre buscou o pioneirismo em seu modelo de negócios, visando uma atuação sustentável e socialmente responsável. Essa atitude vai desde a compensação das emissões de carbono até a escolha de parceiros com atuação socioambiental. O festival procura, além disso, o apoio direto a diversos projetos de sustentabilidade - ao longo dos últimos 10 anos, foram 4.803.357,00 de euros destinados a ações de educação e conscientização ambiental.
Porém, mais importante que essa atuação direta, é a mensagem que o festival busca espalhar: a ideia da união de todos através da música - estamos juntos e nossas pequenas atitudes no dia a dia têm grande impacto sobre o futuro do planeta.

Dez vezes Scliar

São DEZ LIVROS de ficção de Scliar que eu considero os fundamentais para um primeiro contato com a obra do autor – não esquecer que Scliar escreveu quase 80 livros ao longo de sua proveitosa trajetória, e o exercício de peneirar 10 é também um exercício de leitura possível de um conjunto tão vasto.
A Guerra no Bom-Fim (L&PM, 1972)
Em seu primeiro romance, Moacyr Scliar, já na época aclamado contista, narra uma evocativa história de formação. O menino Joel recorda-se de sua infância nos anos 1940 no bairro judaico do Bom-Fim, em Porto Alegre. Scliar casa com o humor agridoce que ele emprestou da tradição judaica para tornar marca de sua ficção as recordações de um garoto de um Bom-Fim quase aldeia, reduto de imigrantes, e sua descoberta da maturidade em meio aos ecos da guerra na Europa. Uma atmosfera mágica que mistura as experiências de infância do garoto com a guerra imaginada pelas notícias que chegam da Europa. “As balas zuniam no ar, os Stukas e Messerchimitts roncavam sobre Capão da Canoa“, escreve em certa passagem Scliar, lançando as bases que seguiria dali em diante em sua carreira de romancista.
O Exército de um Homem Só (L&PM, 1973)
Comunista durante a juventude, Scliar faz do protagonista do romance, Mayer Guinzburg, o “Capitão Birobdjan”, sua versão desencantada do Quixote – bem como um símbolo da presença judaica na sociedade brasileira. Imigrante russo, Birobidjan chega a Porto Alegre como um utópico idealista, pregando a ideia de um mundo melhor por meio do socialismo. À medida que o livro avança, os sonhos de Mayer vão sendo deixados de lado por imperceptíveis concessões do protagonista, ao “sistema”, à vida que se espera de um judeu bem estabelecido na comunidade, à imagem caricata de estabilidade burguesa. Birobidjan primeiro se torna um fazendeiro socialista que vive existência comunal com os animais (a utópica Nova Birobidjan), vai trabalhar atrás de um balcão, torna-se empreiteiro de construção civil, empresário arruinado e uma ruín abandonada em uma pensão.
O Centauro no Jardim (Companhia das Letras, 1980)
Uma das obras-primas de Scliar, que aqui exacerba ao limite da fábula o uso do fantástico já recorrente em seus livros anteriores. Em uma localidade do interior gaúcho, o quatro filho de uma família de imigrantes judaicos nasce centauro. Metáfora a um só tempo da condição judaica, do imigrante e da individualidade atropelada pelo coletivo. Aqui o autor encontrou aquilo pelo que um escritor procura a vida toda: uma criação simbólica original que passa a ser adotada até mesmo fora da obra como referência para aquilo que a imagem queria retratar. Mais de um amigo judeu com quem conversei ao longo desta última semana enfatizava o quanto esta metáfora do Centauro como ser híbrido de duas espécies era também um retrato da condição íntima do judeu imigrante ou descendente.
Contos Reunidos (Companhia das Letras, 1995) 
Nesta abrangente coletânea Scliar reúne quase toda sua produção contística até então _ o que inclui seus melhores trabalhos no gênero, que lhe valeram papel de destaque no cenário nacional, como A Balada do Falso MessiasPausaUma Casa, LavíniaCego e Amigo Gedeão à Beira da Estrada e outros. Nos contos, Scliar assume como influência declarada Kafka e suas histórias cheias de significado, que transformam narrativas curtas – algumas curtíssimas – em parábolas da condição humana. Ao reunir as narrativas para a antologia, Scliar não apenas agrupou seus livros em ordem cronológica, preferiu reordenar o livro juntando na mesma seção contos que mostram certa afinidade conceitual ou temática.
A Mulher que Escreveu a Bíblia (Companhia das Letras, 1999)
Primeiro livro do que Scliar chamou de sua “trilogia de temática bíblica”. Inspirado pelo ensaio O Livro de J.,  obra de 1992 na qual o críticoHarold Bloom postulava que os escritos mais antigos da Bíblia teriam sido escritos por uma mulher, a “Javista” (a criadora do “personagem” literário Javé), Scliar imagina que mulher seria essa. Culta e ilustrada, a desafortunada concubina mais feia do harém do rei Salomão, evitada ao máximo pelo rei, que demora a visitá-la, dedica-se a escrever, a pedido do próprio Salomão, os livros que formarão a base da Torá, o coração do Velho Testamento. Dotada de inteligência tão notável quanto sua feiúra, a mulher, concubina de relações não consumadas com o terceiro rei de Israel, é consumida por pensamentos lascivos e não consegue refrear uma linguagem sem meias medidas. Foi um livro no qual Scliar lançou mão pela primeira vez com mais afinco de um procedimento que repetiria em outras reinvenções bíblicas: o transplante de uma linguagem e uma mentalidade contemporâneas para os tempos bíblicos.
Saturno nos Trópicos (Companhia das Letras, 2003)
Ensaio no qual Scliar constrói, em duas partes, uma ampla e rigorosa história da melancolia como um sentimento que oscila entre a apatia e agitação. Na primeira seção do livro, Scliar analisa minuciosamente a evolução do conceito de melancolia através da história _ o livro aborda, é claro, mais o estado de espírito do que a depressão enquanto enfermidade diagnosticável. Na segunda parte, Scliar discute como essa noção foi transplantada para o Brasil na colonização portuguesa, povo que se entregou à descoberta de terras distantes como parte do anseio de superar a própria melancólica inação. Uma espécie de síntese da obra não-ficcional de Scliar. Sua abordagem busca casar a leveza da crônica, a erudição de um autor que tinha um enorme cabedal de informações com o rigor de uma visão intelectual original.
Os Vendilhões do Templo (Companhia das Letras, 2006)
Mais uma volta de Scliar ao mundo bíblico, desta vez em um texto estruturado em três partes: na primeira, o autor reconta o episódio em que Jesus expulsa os vendilhões do templo pela ótica de um deles, uma espécie de protocapitalista com projetos grandiosos para revolucionar o comércio de pombos na entrada do Templo de Jerusalém. A história ecoa nas duas partes seguintes, uma passada no período missioneiro do Estado e outra na contemporaneidade, numa cidade do interior pela primeira vez governada por uma administração de esquerda. O protagonista desta terceira seção lida com um episódio dramático no passado relacionado a uma apresentação de teatro de escola, uma versão justamente da história dos “vendilhões do Templo” expulsos por Jesus.
Enigmas da Culpa (Objetiva, 2007)
Ensaio no qual Scliar faz uma espécie de acerto de contas com duas instâncias fundamentais de sua formação: a herança judaica e a utopia socialista. Partindo de sua própria experiência de filho socialista de um casal de imigrantes judeus _ e que, depois de muitas privações buscavam, como muitos dos de sua geração, a estabilidade burguesa que incluía bens materiais  e o investimento em uma educação de qualidade para os filhos_ Scliar perscruta o papel da culpa na civilização judaico-cristã.
Manual da Paixão Solitária (Companhia das Letras, 2008)
A primeira vez que ouvi Scliar comentar sobre esse livro foi no início de 2003. Naquela época, a obra chegou a ser anunciada para outubro daquele ano, com o título de O Irmão de Onã, na coleção erótica que a Companhia das Letras estava pondo em circulação, abrindo a série com Diário de um Fescenino, de Rubem Fonseca. Quando Scliar voltou a comentar que o livro estava para sair, numa conversa no bar da redação, eu já havia até me esquecido dele. De acordo com o autor, uma primeira versão do livro praticamente já escrita foi jogada no lixo porque ele percebeu, em certo momento, que estava contando a história por um ponto de vista errado. Trocou de narrador e concluiu este livro com o qual foi agraciado com os Jabutis de Livro do Ano 2009 na categoria ficção e Melhor Romance. Encerrando sua trilogia bíblica, Scliar reconta a história do irmão caçula da família de Onã – aquele mesmo, que deu origem à palavra “onanismo” para não engravidar a mulher de seu irmão mais velho. Com humor, Scliar estabelece que o verdadeiro “onanista” da família era o caçula, o “irmão de Onã” – embora seja um dos livros de Scliar com o qual menos consegui me acostumar devido ao engenho formal de apresentar a história pelo ponto de vista de dois palestrantes de um congresso de estudos bíblicos..
Eu Vos Abraço, Milhões (Companhia das Letras, 2010)
Scliar volta ao passado do Brasil neste romance sobre a Revolução de 1930 no qual reconstrói a utopia comunista no Brasil. Um jovem filho de um capataz em uma estância missioneira, inflamado pelo sonho socialista incutido nele por um amigo, muda-se para o Rio em 1929 tentando encontrar um dos líderes do Partido Comunista para oferecer seus serviços à causa da luta revolucionária. Odirigente, entretanto, é um homem inconstante e difícil de ser encontrado, e enquanto isso o rapaz vai se deixando ficar. Nesse processo, testemunha os efeitos do Crash da bolsa de Nova York, emprega-se como operário na construção do Cristo Redentor e vê a a revolução liderada por Getúlio Vargas tomar as ruas de então Capital Federal. Como inadvertida última obra de ficção, representa uma síntese do Scliar romancista da segunda fase e seu modo peculiar de incorporar a história em seus livros.